Ante o nada, amo o ínfimo. Prometo o infinito. É na insignificância que as coisas se desmedem. Sou desmedido por medo. Sou desmedido por menos. Menos que a solidão, menos que a rejeição, medo de ser rejeitado pelo prêmio de consolação... Mas você é o nada ao avesso. Meu reencontro com o mundo sensível. Na densidade da tua medida, a matéria me acerta finita e fatal. Teu fim, meu fim. O infinito era mais fácil cumprir. Já não me cabe outra vida, um outro destino que se atrele a mim. Tento tornar razoável, tornar-me menos responsável... Falho. Ainda falho. Ainda que livre do fardo, vago hoje inconsolável: tantos anos fugindo de tudo e ninguém no meu encalço.