Suspeito 1, Prepotência: o agente da minha obra poética. Porque só eu podia, fui ser mártir na vida. Assumi o fardo da humanidade. Fui orador da verdade, apontei dedo em riste, me fiz o anjo caído no inferno dos outros. Assim te exigi excepcional… Como eu mesmo era, afinal. E sendo a exceção deste mundo, eu vivi à espera do teu beijo de judas.
Nunca tive fé em teus lábios.
Questionei, meu bem, os teus lábios.
Lábios que eu deveria tão somente ter sorvido.