Falo do amor por instinto. Por vício no que me destino. Apesar da vocação, em mim o amor ainda não foi vivido. Já acreditei que sim, é verdade; foi irresistível acreditar… Mas no fim, e justamente pelo fim, fui reencontrar minha esperança no avesso: do amor, eu sinceramente espero não ter passado nem perto. Quando a fragilidade vem de mim, você corre. Sã e salva, você me aguarda – até que eu dê a volta por cima, ou meu equilíbrio se restabeleça. Então eu me finjo de novo: sou forte, o demônio, este sobrevivente. No pontual e fatídico instante, você me revela o que nós dois jamais fomos.
- "Tivemos bons momentos…"
- "Me diga então o que eu era…"
- "Meu medo sempre foi que você deixasse de ser…"