Eu não mudei. Este sou eu em crise. O pontual e fatídico instante em que, conveniente, teu outro surge. Não, não foi inevitável. O inevitável não é trivial assim. Inevitável é o que está por vir, meu bem, ao final destas palavras... Tantas foram tuas crises, tantas outras se apresentaram, e teriam sido, com muito gosto, se inevitável eu as nomeasse. No entanto eu escolhi. Escolhi você, escolhi tua crise. Tua crise que era você, ainda você, mesmo mais difícil. No mínimo que se rompia, ente revestido de fragilidade, tua humanidade em estado bruto quase abjeta se revelava. Uma brecha? Que seja! Mas para o amor, não para outros. Minhas fragilidades não são brechas, são meus pedaços onde teus beijos eram precisos: nisso se baseava minha escolha... 
Hoje, no entanto, o princípio é mais simples. 
Hoje escolho precisamente tudo aquilo que não seja você.