Nem anjos, nem o contrário. Tenho ânsias de céu e inferno no mesmo corpo dissimulado. As voltas do meu mundo ainda redundam na tua volta... Como se fosse o primeiro encontro. Tua inocência é descarada. Cabe a mim, de novo e de novo, toda a conta do passado. Eu escrevo, pois não ouso dizer, e escrevo pela última vez: não é de hoje que me tira o sono sem trazer sonhos em troca. Não é de hoje que teu choro me entorna toda a culpa. Não é de hoje que cada desculpa te justifica em amar demais. Teus olhos, tão comoventes, quase me arruínam outra vez...  Mas não. Não mais. Hoje o rancor é meu deus. Quando se começa uma guerra, estar certo já não importa. Eu quero a vitória. Quero o massacre. O fim de tudo que não se rendeu.