Tivemos bons momentos, você me lembra. Sublimes, talvez dissesse, não fosse pela minha soberba. Mas sim, tivemos. Eu não os esqueço. Espero que isso atenue minha pena, não havendo maior mágoa que o esquecimento. Eu lembro de tudo. Insuportavelmente de tudo. E depois, se você quer saber, também não fui mais feliz. Nem mais feliz, nem menos feliz. Mas fui, inevitável... E nesse flagrante de felicidade é que vem, por fim, a vontade de chorar. Mas não, não choro. Contenho a ingratidão do gesto. Toda essa sorte, há tanto me rondando, esquecida de todo o resto.

  • "Por que então você escreve?"
  • "Sublime seria uma boa palavra..."
  • "Supere a crise e então volte pra mim."