Então, mais uma vez você... E eu, devagar em perceber... É sempre a primeira vez o desaviso sobre meu ser. Mal acostumado em ter você peito adentro, te percebo de súbito. Indisfarçável. Assim que você me nota, eu só existo nesse instante inexato. Me esqueço. E reconheço: a nave que nos faz passageiros. Tento me manter no eixo desse olhos que acusam sem jamais reprovar. Tudo já houve, eu me lembro. E quase que retrocedo. Mas se você sorrir de novo... Não faço absolutamente nada. Sou tímido à primeira palavra, você bem sabe. Ou ainda não? Sempre me confundo no que é sabido quando você renasce. Dessa vez, com pintinhas pelo rosto... Aposto que não faz eu amar de novo. Tremo à possibilidade de você, por onde ando, em qualquer canto. Olho de quando em quando, mas não vou além daqui. Trago um guarda-chuva à mão, se te serve de ensejo. Um meio sorriso em vão, se não o fizer por inteiro. Mais que isso não posso.
Sigo esperando...

  • "Esperando ainda o quê?"
  • "Só há uma solução para tudo."