Mas é somente a calçada que encontra fim nesta esquina. É de outra coisa que se despede o abraço, tão disposto a não olhar para trás. Não te reconheço, meu bem, logo não é você quem corre. Não são tuas botas, não são tuas pernas, as mais longas pernas de que fui cativo... Não é teu ônibus, teu aceno, teu desespero em embarcar. O que acha que levou consigo? Não há fuga se não te persigo. E, se você não se foi, deve ainda estar por vir. Antes vem a chuva, tão constante e fria, a madrugada vazia de onde tudo começa a partir.
Sigo esperando...