A mesma casa, o mesmo destino, você e eu mutuamente exclusivos: mal que te dispenso. Porque te amo, no entanto. Ainda e mesmo sozinho. É na solidão que te lembro, constatando o que não tenho. Sobre a pele anestesiada, a saudade é toque reverso. Eu te amo além e na ausência, que também é fundamento. Eu te amo já para sempre e, para sempre, nada mais quero. Quero menos. Quero às vezes. E, às vezes, quero tudo. Mas às vezes é inaceitável: ou fica comigo ou com o lamento. Vê? Não foi o outro. Não foi a merda. Ninguém viu... Nossa relação a todo instante por um fio, de caráter compulsório e iminência eterna. Ama, afinal, quem renega. 
Porque às vezes é meu limite.