A mesma casa, o mesmo destino, você e eu mutuamente exclusivos: mal que te dispenso. Porque te amo. Apesar de tudo. Ainda e mesmo sozinho. É na solidão que te lembro, constato o que não tenho. Sobre a pele anestesiada, a saudade se faz toque reverso. Eu te amo além e na ausência, que também é fundamento. Eu te amo desde já para sempre, e para sempre, nada mais quero. Quero menos. Quero às vezes. E às vezes quero tudo. Mas às vezes soa inaceitável: ou fica comigo ou com o lamento… Vê? Não foi o outro. Não foi a merda. Foi o que ninguém viu: nossa relação a todo instante por um fio, de caráter compulsório e iminência eterna. Entre aqueles que não são deuses, ama afinal quem renega.
Porque às vezes é meu limite.
Para sempre é a ruína de qualquer lugar.
"Quero me arruinar com você!"
"Quero ser, sem você, o que seja."
"Ainda somos os mesmos e vivemos..."